
Entrei no coração dos peixes em viagem, entrei delicadamente no caudal do rio límpido. Ali, por entre a comovente geometria das coisas da água, vi como éramos na emoção do amor intacto. Guardo em mim a abstracção das coisas concretas: peixes, barro, citrinos, suas impurezas férricas. Há nisto sempre uma forma de sonhos universais tornados respiração; forma de sonhos vulgares que se moldam e conformam à configuração do dia, porções do absoluto que a mente solta das águas e da terra e são coisas inteiras e sem dono; assemelham-se ao princípio do amor, ao medo da perdição no sentido da beleza, no sentido
do seu enigma.
do seu enigma.
Sei agora que é urgente mover o tempo amovível, escutar o que há de mais silencioso na palavra brutal que cai dos olhos de quem nasce sem ternura ou abrigo.
Tudo
na terra e no céu
é um sentido que passa pelo grande vazio de coisas
ao abandono.
ao abandono.
Sei agora que é urgente mover o tempo amovível.. Como se faz? Como se compra? Como se obtém? Como se tem? Como se usa? Como se alcança? Sonhando? Desejando? Lutando? Roubando?
ResponderEliminarEstou disposta a tudo...
Lupinha
Lindo!!
ResponderEliminar