domingo, 7 de junho de 2009

O Rapto de Europa

O Rapto de Europa (Pintura de Rembrandt , 1632, Getty Museum / 61x78 cm)

He moved among the cows, more beautiful than they or other bulls,
he strolled spring grasses, white as the snow untouched
by southern rains or footprint on the ground,
huge, silky muscles at his neck and silvered dewlaps hanging,
horns as white as if a sculptor’s hand had cut them out of pearl.
And no one feared his look, forehead and eye were gracefully
benign…
Agenor’s daughter gazed at him in wonder.”

(Ovid, Metamorphoses II.849-59)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Joaquim Figueira Mestre (1955-2009)


Morreu, nesta madrugada de Maio, vítima de linfoma,  o meu  querido amigo e parceiro nas lides das literaturas Joaquim Figueira Mestre, Director da Biblioteca Municipal de Beja.  


Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa  e pós-graduado em Ciências Documentais,  exercia desde 1991 as funções de director da Biblioteca Municipal José Saramago  foi um dos grandes impulsionadores do novo conceito de biblioteca pública, tendo contribuído decisivamente para que a Biblioteca de Beja se tivesse tornado uma referência na Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.


Joaquim Figueira Mestre conciliava estas suas funções com o exercício da  escrita, tendo editado diversos livros, entre os quais  O Perfumista,   aclamado pela crítica.   


Foi galardoado, no passado ano, com o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém, pela sua colectânea de contos “Breviário das Almas”, obra que  acompanhei de perto desde o inicio,  uma vez que tive o privilégio da sua revisão literária  paralelamente ao processo criativo.


Por essa época,  pautada de muita conversa arrebatada,  à mesa da literatura e dpetisco alentejano, a morte não era senão o material com que moldavas o "Breviário Das Almas", querido amigo, embora pareça fazer sentido se disser agora que este livro talvez fosse já, de algum modo,  pressentimento da proximidade desse comum, porém sempre tão estranho e desolado cais de embarque.


Hoje, aqui e agora, onde quer que algo de ti permaneça, possas tu receber  o meu  carinho. 
Grata, sempre, pelo breve encontro no breviário desta vida.  
Joaquim Figueira Mestre. 2008.10.17
Cerimónia de entrega do Prémio Literário Manuel da Fonseca 2008, atribuido pela escrita do livro com o título "Breviário das Almas". 


Notícias do Mundo: Literatura: "Breviário das almas", livro de contos, pode ser lido como um romance.  


Lisboa, 19 Fev 2009 (Lusa) - "Breviário das Almas", Prémio Manuel da Fonseca 2008, é um livro de contos, mas pode, segundo o autor, Joaquim Mestre, "ser lido como uma narrativa ou até um romance pois tem um final e conta a história de uma família".

A obra, com ilustrações a preto e branco de Susa Monteiro, é o terceiro título do escritor, depois dos romances "O perfumista" e "A imperfeição do amor".
A chancela é da Oficina do livro.

Nenhum dos contos é precedido por qualquer título, sendo todos separados por uma ilustração, o que encaminha o leitor a lê-lo como narrativa ou romance, assinalou o escritor.

Director da Biblioteca de Beja, Joaquim Mestre descreve o seu novo livro como sendo "fundamentalmente uma obra de ficção". "Mas tem de haver - ressalva - um certa autenticidade e só podia escrever estas histórias, pois falo do que julgo que conheço".

Na opinião de João Aguiar, um dos membros do júri, "Breviário das almas" é uma obra que mostra uma "maturidade e vigor invulgares no nosso tempo".

"Breviário das almas" mereceu o Prémio Manuel da Fonseca "pela qualidade da obra" mas "o leitor encontrará aqui mais do essa qualidade", realça Aguiar.

Além do domínio da prosa, salienta ainda, Mestre "mostra uma maturidade e um vigor" raros na actualidade e, "além disso, sabe usar com grande à-vontade aquele supremo artifício literário que é a simplicidade".
NL/RMM.
Lusa
Joaquim Figueira Mestre. 2008.04.24
No exercício das suas funções como Director da Biblioteca Municipal de Beja, José Saramago.

Joaquim Figueira Mestre. 2008.04.24 
No exercício das suas funções como Director da Biblioteca Municipal de Beja, José Saramago. 



quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro

Dia Mundial do Livro

"Perdido foi o dia em que não dançámos ao menos uma vez." F.W. Nietzche

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Platão - NOUS ou LOGOS...Psyque ou Alma Imortal

Chacra é uma palavra sânscrita que significa Roda
ou Disco Giratório.
A doutrina dos chacras, ou centros energéticos, alojados ao longo da medula espinal, está essencialmente ligada à filosofia yogui, contudo, é mencionada nos escritos de Platão e também faz parte dos ensinamentos de Pitágoras.
Na Grécia, Platão apresenta concepções esclarecedoras sobre os chacras, escrevendo sobre eles no seu diálogo Timaeus.

Basicamente, Platão considerava os chacras pontos ou orgãos de energia subtil através dos quais a alma ou psyque comunica com a energia grosseira do corpo físico.
De acordo com a filosofia de Platão, a alma é composta por três partes ou planos através dos quais se manifesta:
Nous ou Logos é a parte ou o plano mais elevado. Aquilo a que Platão chama Psyque ou alma imortal. Os seus atributos são a razão, a sabedoria e a intuição espiritual. Manifesta-se nos Centros energéticos da Coroa e entre as sobrancelhas, ou seja, através do Chacra Coronário e da chamada Terceira Visão.
O Thymos é considerado o plano médio da expressão da alma, ou aquilo a que Platão chamou a alma mortal. Os seus atributos básicos são a paixão, a luta e a actividade. Manifesta-se através dos três centros médios, ou seja Chacra da Garganta, Chacra do Coração e Centros Gástricos.
Epithymia. Este é, segundo Platão, o plano do desejo ou do instinto, o plano mais inferior da alma. Está também relacionado com as necessidades básicas de sobrevivência e com a pulsão sexual, manifestando-se através dos centros inferiores: chacra da raiz e plexo solar.
São óbvios os paralelos entre os três planos de manifestação da alma, de Platão, e os três Gunas da filosofia yogui. Pode estabelecer-se este mesmo paralelo na relação com os conceitos do ego, id e superego da psicologia freudiana.
As óbvias correspondências são:
Nous, Logos - Sattva Guna - superego.

Thymos - Rajas Guna - ego. Epithymia - Tamas Guna - id.
A doutrina dos chacras também é parte das tradições herméticas do esoterismo ocidental e é hoje em dia bastante difundida em praticamente toda a terapêutica holística, desde as práticas de Yoga à acupunctura.

Queira... espreitar... por esta ordem:
AQUI .....................AQUI........................e AQUI

terça-feira, 31 de março de 2009

Por entre a geometria das coisas da água...

MariaDGuerreiro in Assombrosamente os Bichos...


Entrei no coração dos peixes em viagem, entrei delicadamente no caudal do rio límpido. Ali, por entre a  comovente geometria das coisas da água, vi como éramos na emoção do amor intacto. Guardo em mim a abstracção das coisas concretas: peixes, barro, citrinos, suas impurezas férricas. Há nisto sempre uma forma de sonhos universais tornados respiração; forma de sonhos vulgares que se moldam e conformam à configuração do dia, porções do absoluto que a mente solta das águas e da terra e são coisas inteiras e sem dono; assemelham-se ao princípio do amor, ao medo da perdição no sentido da beleza, no sentido
do seu enigma.


Sei agora que é urgente mover o tempo amovível, escutar o que há de mais silencioso na palavra brutal que cai dos olhos de quem nasce sem ternura ou abrigo.


Tudo
na terra e no céu
é um sentido que passa pelo grande vazio de coisas 
ao abandono.



domingo, 29 de março de 2009

Breathe...


Breathe, Breathe in the Air HERE Pink Floyd
Dont be afraid to care
Leave but dont leave me
Look around and chose your own ground
For long you live and high you fly
And smiles youll give and tears youll cry
And all you touch and all you seeI
Is all your life will ever be

sábado, 21 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Feet on earth, let's share the moonlight...




       Feet on Earth...


                               
Still looking up, at the sky...
                                                                   








sexta-feira, 13 de março de 2009

NI é amarelo e refere-se aos Homens...

OM é branco e refere-se aos Deuses

MA é azul e refere-se aos Não Deuses

NI é amarelo e refere-se aos Homens

PAD é verde e refere-se aos Animais

ME é vermelho e refere-se aos Não Homens

HUM é negro e refere-se aos que habitam a obscuridade


  • O que quer que eu saiba, ficou como teoria; não tem utilidade para mim agora.
  • O que quer eu tenha feito, já o gastei nesta vida; não tem utilidade para mim agora.
  • O que quer que eu tenha pensado, foi apenas ilusão; não tem utilidade para mim agora.
  • Agora é tempo de recitar o mantra de seis sílabas.

OM MA NE PAD ME HUM: AQUI

quarta-feira, 11 de março de 2009

Tudo Vale a Pena...


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


(Fernando Pessoa)

domingo, 8 de março de 2009

The negation of illusions...


There are no shadows in the darkness.
All things merge and they are one.
The whole unity - illusion;
Flick the switch and it is gone.
Only madness if I try

Texto: John J. Coughlin
Marisa Monte e Julieta Venegas: HERE

quinta-feira, 5 de março de 2009

Invadem-me a natureza da madeira, o odor das tintas...


Desconcertam-me as paredes, as portas, as janelas fechadas. 
Sombras 
de uma dor conquistada, que se revelam
sem que o sol desapareça. 


Divisão vertical sobre a terra, poeira 
lameliforme que se lança 
compacta sobre os olhos naturais e belos. Selvagens e burlescas 
são as portas, as paredes, as janelas fechadas. dominós alexandrinos 
tudo escondem
e o que há de mais sublimemente interior não é provado, fica o desejo 
do beijo e a boca 
que morde o nada. 


Em si mesmas, no verão, as paredes são zimbro que arrefece e gela
as rosáceas que emergem dos vitrais; no coração, toda a ternura emancipada, 
urgente
recolhe ao seu alvéolo. 


Ao íntimo dos ossos 
chegam as portas inamovíveis, duram 
na velocidade dos pés que pretendem descalços entrar 
na ternura da terra pronta.


Eu sou um mal menor. As paredes, as portas, as janelas fechadas 
são uma alucinação tricórnia e compacta. Crescem 
entre a giesta e o amor. Despedaçam a cal, sua pureza.


Invadem-me, a natureza da madeira, o odor das tintas, a propriedade 
das barras, a constituição do cimento, o domínio das pedras 
sobre pedras. Doem-me 
a obstinação dos batentes, o temperamento 
das dobradiças, a personalidade das fechaduras, a essência 
dos frisos de argamassa, a taipa. 


Arde-me a pompa dos umbrais. 


As paredes, as portas, as janelas fechadas avançam, rectilíneas, deslizam 
na confusão ingénua dos cabelos, na curva atordoada do pescoço, erguem-se 
na súbita contrição da pele, devoram-me 
o coração e os olhos. 
Não vejo o sol. não vejo o sol. não vejo o sol. 
Não sinto a chuva. tão cedo 
não torno às árvores nem aos frutos nem às aves nem 
à desassossegada intenção do amor.


As paredes, as portas, as janelas fechadas, são uma convenção ignóbil, uma indecência. Que um cão sem nome leve consigo a casa aberta, devore o saibro, a taipa, a cal, o vento que não devolve as coisas
ao seu lugar antigo.


Se os olhos podem ver a sua cor
na pupila luminosa
além do olhar humano, não fique esta vontade desassombrada crescendo, crescendo sobre as densas paredes, sobre as portas, sobre as janelas fechadas. Incerteza 

terça-feira, 3 de março de 2009

Mantras!!! Paixão ao Primeiro Encontro...

Diz-se que são representações sonoras das Divindades, assim como as imagens são as Suas representações formais.

Apaixone-se por Mantras. AQUI

Os Mantras remontam à tradição védica e são tecnicamente estudados no Tantra Shastra (escritura védicas apropriadas à era actual, Kali-yuga).


Trata-se de sons especiais, sílabas, palavras ou frases aparentemente desprovidas de sentido que, ao serem pronunciadas e repetidas, produzem uma vibração com a capacidade de sugestionar a mente, aquietar as emoções e focar a nossa atenção. A palavra mantra vem do sânscrito “mantrana”, que significa conselho ou sugestão.


Na verdade, o nosso mundo é constituído de nomes e formas (namarupa) e, num certo sentido, todas as palavras são mantras uma vez que sugerem à mente a inerência do seu significado, tanto para quem as pronuncia como para quem as escuta. Assim se crê que o mantra produz um efeito tanto naquele que o canta como naquele que o escuta e, também, tal como acontece com a palavra, a sua fonte não será apenas a corda vocal, mas a essência do self.


A entoação de um mantra, dependendo da velocidade ou do abrandamento do seu ritmo cíclico e do local de onde o som emana, a região abdominal, diafragma, coração ou garganta, influencia a sua qualidade tonal e afecta o ritmo cardíaco e a respiração. Isto, por sua vez provoca modificações no sistema psíquico, mental e emocional, podendo produzir estados alterados de consciência, da mística exaltação ou transe a elevados graus de relaxamento. Por isso, os mantras são frequentemente usados em cerimónias religiosas, práticas de meditação ou práticas de yoga (mantra yoga). Dessa forma, assume-se que os mantras orientais dirigidos para o crânio provocam ressonância nos alvéolos do cérebro, criando um tipo de iluminação mística. E no que diz respeito à mantra ioga, afirma-se que certos mantras efectuam uma viagem circular no corpo humano, e que as suas vibrações provocam a substituição de tecidos usados ou enfermos por tecidos novos e saudáveis.


O mantra mais conhecido é o OM. Segundo as escrituras védicas, OM é o mantra original, formado pelas três letras AUM, que correspondem às três principais divindades - Brahma, Vishnu e Shiva. – o princípio da criação, manutenção e dissolução (ou absorção) do Universo.


OM (AUM). AQUI...e AQUI...e AQUI


Conforme ensina a ciência do Mantravidya, é do OM que saem todos os demais mantras, como krim, hrim, vam, gam, ram, shrim, hum etc ..., cujas vibrações são inicialmente concentradas , sendo depois projectadas seja para o interior de nós mesmos, seja para o exterior, na forma de invocações, preces, bênçãos, com o propósito de nos favorecer com amor e abundância, protecção, poder curativo e de purificação, etc.


É comum os praticantes admitirem que por meio de um único mantra pronunciado em voz alta ou murmurado ou repetido mentalmente, se pode obter aquilo que se procura, justificando que todas as coisas são formas de manifestação do som.


Afirma-se que o mantra, como qualquer outra forma de energia (shakti), precisa ser despertado, agindo depois sobre o espírito e permitindo só gradualmente ao praticante compreender o seu significado profundo.


…O próprio Brahma é o Som do qual se nutre o universo

domingo, 1 de março de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

António Inverno


Diz-se dele, com frequência, que é uma “notável e controversa figura das artes plásticas em Portugal”. Não pode negá-lo quem o conhece e o reconhece na admirável e algo tumultuosa jornada de um homem via a sua essência e o seu lugar no mundo, em concordância com os seus ideais artísticos e humanos.
O sentido precoce da liberdade de ser, que o leva a mudar-se de Monsaraz para Lisboa, por conta própria, apenas com onze anos de idade, é desde logo o sinal da determinação que o levaria a percorrer os caminhos, nem sempre fáceis, para a sua afirmação como artista de vulto da nossa praça e incansável defensor da liberdade e da dignidade humanas.
A sua permanente intervenção na dinâmica da construção do seu país e na busca dos ideais humanos, seja ao nível da política, das artes ou outras áreas da sociedade e da cultura, merece reconhecimento e louvor. Consta em várias antologias como mestre da serigrafia e da gravura, de renome internacional, e também como pintor de particular sensibilidade, tendo-lhe sido atribuído em 1995 o Prémio Nacional de Pintura da Academia Nacional de Belas Artes.
António Inverno Fundou instituições como o Centro de Comunicação Visual A.R.C.O. e o Centro Cultural de Almada. É comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Já tardava a homenagem que lhe foi feita no dia 2 de Agosto de 2008, com o alto patrocínio do Presidente da República e o apoio de instituições como o Ministério da Cultura, Academia de Belas Artes, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Mário Soares e círculo Artur Bual, entre outras.
Actualmente, entre muitas actividades, é professor na ESE de Beja.

Bem haja!

"A vida é breve, a Arte é longa" (citação de Hipócrates)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Era de Aquário...

A data de hoje, 14 de Fevereiro, é comemorada este ano não só em homenagem a São Valentim. Muitos também a comemoram por supostamente assinalar a entrada da humanidade na Era anunciada pela contra cultura da década de 60 na canção "Age of Aquarius", do musical Hair.
Entende-se por Era um período de tempo cronológico que se inicia com o surgimento de um acontecimento notável que irá provocar uma transformação e conduzir a história da humanidade a uma Ordem diferente.
A Era de Aquário seria resultante de um fenómeno astronómico ou astrológico, cuja influência no despertar da consciência cósmica dotaria o homo sapiens de um potencial de realização que lhe permitiria elevar-se gradualmente à auto-criação de uma nova raça humana. Uma raça dotada de infinita capacidade de expansão intelectual, científica e espiritual, originalidade, criatividade, intuição, clarividência e senso de solidariedade e liberdade, qualidades associadas ao signo de Aquário.
Quem não gostaria de passar, numa espécie de estalar de dedos planetário, de uma civilização há mais de 2000 anos persuadida de que a via para a redenção da humanidade é a imitação de Cristo na "expiação do Gólgota", a escravização do intelecto a crenças e superstições, ao julgamento e ao medo, à culpa face à experiência do prazer, para uma Era da Razão? Uma Era em que os princípios fundamentais do Cristianismo, a sua mensagem de paz e amor, compaixão e altruísmo, seriam acolhidos, entendidos e naturalmente assimilados, capacitando o homem para a materialização do seu ideal de uma vida em plenitude e abundância, prazer e serenidade.
Mas, desenganem-se os que pensam ter entrado milagrosamente, às 7h 25m na manhã de hoje, no caminho para a rápida resolução de todos os malefícios que assolam o mundo, incluindo os que molestam o nosso mundo pessoal.
No campo da Astronomia, uma Era é determinada pela passagem do Ponto Vernal ao longo da região ocupada por um signo ou uma constelação zodiacal, em razão de um deslocamento do eixo da terra no sentido retrógrado (leste para oeste).
Muitas datas foram anteriormente apontadas como marcadores do início desta nova Era, mas, a verdade, é que nenhuma parece ter encontrado suporte científico razoável. Segundo tabelas elaboradas nos meios científicos da astronomia, a Era de Aquário só terá início no ano 2150, se considerarmos a passagem do Ponto Vernal pelo signo de Aquário, ou, então, por volta de 2620, se considerarmos a passagem do ponto Vernal pela constelação de Aquário.
No momento, o Ponto Vernal continua situado tanto no signo como na constelação de Peixes, razão pela qual, de acordo com estes dados, a humanidade se encontra e há-de encontrar-se ainda durante algum tempo a braços com a Era de Peixes.
Contudo, há quem diga que “a espada, que governa a Era de Pisces, é ainda poderosa, mas cederá o seu lugar à ciência e ao altruísmo.”
Estudiosos que crêem num universo dotado de inteligência e consciência indivisível, assinalam que a influência do planeta Júpiter, alegadamente determinante no dealbar da Era Aquariana, também tem governado a Era de Peixes. Associado à benevolência e à filantropia, a sua influência teria sido responsável pela crescente consciência dos direitos humanos, pelo questionar de doutrinas enraizadas em crenças dogmáticas e pelo cada vez maior envolvimento na busca de conhecimentos que consciencializam o homem da auto-responsabilidade na criação do seu destino. "Astra inclinant, non necessitant". Os astros dispõem, mas não impõem.
Assume-se que a divisão matemática do tempo é ilusória e a história prova-nos que o trabalho e a disposição mental do homem na transição entre as Eras é a pedra basilar para a construção das mesmas. “A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.” Disse Albert Einstein. Enquanto não tivermos chegado a este ponto, estaremos ainda longe do futuro, com certeza a uma enorme distância da prodigiosa Era de Aquário.
Is This the Dawning of the Age of Aquarius?

AGE OF AQUARIUS /Música e Letra: Clicar AQUI

When the moon is in the seventh house
And Jupiter aligns with Mars
Then peace will guide the planets
And love will steer the stars

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Lux Lunis...

...nos ossos das montanhas

sou a respiração do horizonte
com os joelhos dobrados ao luar.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Homenagem a António Inverno

artistas
não morrem
no abismo
que os liga
a todas
as coisas
nem jamais
poderão tombar
no absoluto
vazio
suas palavras
desconcertadas
seu reflexo
no espelho
da criação
transformam
a prata
e o barro
e na
forja
da sua
existência
de lunáticos
sua
microcósmica
afirmação
artistas
abrem
o tempo
e a história
do tempo
até que
somente
o amor
e a arte
permaneçam

sábado, 31 de janeiro de 2009

Galáxias Nas Minhas Mãos...

Written On My Hands I



Written On My Hands II



Houvesse esse retorno às criaturas telúricas e à humanidade das mãos. Mãos. As nossas mãos de argila tão perdidas, que se tocaram violentamente, sem se quebrarem. E isso é plenitude e encontro, sem nenhuma importância. Quando uma emoção se expande no seu epicentro, o que acontece então às casas vazias?

Qual é a fundação do amor mais poderoso? Talvez uma pequena audácia, talvez uma frágil audácia de porcelana…


in: Assombrosamente os Bichos..., colecção de textos em prosa poética, distinguidos com Menção Honrosa na I Edição do Prémio de Poesia Manuel Alegre.

REIKI... O que é?


Em entrevista à RTP, o Mestre em Reiki e Psicoterapeuta
João Carlos Melo esclarece: Clicar AQUI

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A chama é o Eu domado...

Atiço em mim uma chama...
o meu coração é o lar...


a chama é o eu domado... (Sumyuttanikay, 1, 169)


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Let's Talk...

Texto de Urbano Tavares Rodrigues
(...) Tarde tão brandamente nostálgica, cheia de ti, mesmo antes de ti. De ti pressentimento, de ti projecto, de ti madura alegria hoje, entre os velhos ossos do tempo.
Vejo-te em toda a parte, minha ausência, meu amor...vejo-te na miragem polar da praia luz, de pé, teus cabelos soltos...
Vejo-te nas vítreas preparações do sonho, no mapa mundo do cérebro (...) tempo de rememoração, na íntima acusação: o que é que tu desejas mais do que tudo, na terra? Pensa bem! E pensa demasiado, sabes, para seres absoluta como um carro de assalto, como a fonte de água livre, como o disparo da esperança. Luta, mas vê-te no espelho do teu querer profundo, minuto a minuto...tu! Tu que comigo te identificas no sonho e na análise, no abraço e na capacidade de êxtase.

domingo, 25 de janeiro de 2009

L' important C' est LA ROSE...

Gilbert Bécaud: " L' Important c'Est la Rose " /Clicar AQUI


Amália Rodrigues: "L'important c'Est la Rose" / Clicar AQUI

"Toi qui marches dans le vent, Seul dans la trop grande ville, Avec le cafard tranquille, Du passant Toi qu’elle a laissé tomber Pour courir vers d’autres lunes Pour courir d’autres fortunes, L'important...

L’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, crois-moi…

Toi qui cherches quelque argent Pour te boucler la semaine Dans la ville, tu promènes Ton ballant Cascadeur,soleil couchant Tu passes devant les banques, Si tu n’es qu’un saltimbanque, L’important…

L’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, crois-moi...

Toi, petit,que tes parents Ont laissé seul sur la terre Petit oiseau sans lumière Sans printemps Dans ta veste de drap blanc Il fait froid comme en Bohème T’as le coeur comme en carême
Et pourtant…

L’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, crois-moi...

Toi pour qui, donnant donnant, J’ai chanté ces quelques lignes, Comme pour te faire un signe En passant Dis à ton tour maintenant Que la vie n’a d’importance
Que pour une fleur qui danse Sur le temps

L’important, c’est la rose, l’important, c’est la rose, l’important, C'EST LA ROSE, crois-moi…"

sábado, 24 de janeiro de 2009

E, de dia...

...toda a natureza visivelmente se transforma


Matinal e acordada invoco ardentemente o grande sonho dos filhos do mundo. O amor cria deus, inventa as margens do absoluto sem margens, pulsa convulsivamente na respiração de cada coisa desesperada que pede salvação. É o eterno guardião da alma nocturna que avança sem nenhum cansaço para o espírito da manhã, mói as rosas maduras na pedra interior, alcança o gemido central dos joelhos que deliberadamente se curvam, a vida e a morte, sua geometria, sua poeira, seu orvalho.
in Assombrosamente os Bichos Atravessam as Trevas