terça-feira, 31 de março de 2009

Por entre a geometria das coisas da água...

MariaDGuerreiro in Assombrosamente os Bichos...


Entrei no coração dos peixes em viagem, entrei delicadamente no caudal do rio límpido. Ali, por entre a  comovente geometria das coisas da água, vi como éramos na emoção do amor intacto. Guardo em mim a abstracção das coisas concretas: peixes, barro, citrinos, suas impurezas férricas. Há nisto sempre uma forma de sonhos universais tornados respiração; forma de sonhos vulgares que se moldam e conformam à configuração do dia, porções do absoluto que a mente solta das águas e da terra e são coisas inteiras e sem dono; assemelham-se ao princípio do amor, ao medo da perdição no sentido da beleza, no sentido
do seu enigma.


Sei agora que é urgente mover o tempo amovível, escutar o que há de mais silencioso na palavra brutal que cai dos olhos de quem nasce sem ternura ou abrigo.


Tudo
na terra e no céu
é um sentido que passa pelo grande vazio de coisas 
ao abandono.



domingo, 29 de março de 2009

Breathe...


Breathe, Breathe in the Air HERE Pink Floyd
Dont be afraid to care
Leave but dont leave me
Look around and chose your own ground
For long you live and high you fly
And smiles youll give and tears youll cry
And all you touch and all you seeI
Is all your life will ever be

sábado, 21 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Feet on earth, let's share the moonlight...




       Feet on Earth...


                               
Still looking up, at the sky...
                                                                   








sexta-feira, 13 de março de 2009

NI é amarelo e refere-se aos Homens...

OM é branco e refere-se aos Deuses

MA é azul e refere-se aos Não Deuses

NI é amarelo e refere-se aos Homens

PAD é verde e refere-se aos Animais

ME é vermelho e refere-se aos Não Homens

HUM é negro e refere-se aos que habitam a obscuridade


  • O que quer que eu saiba, ficou como teoria; não tem utilidade para mim agora.
  • O que quer eu tenha feito, já o gastei nesta vida; não tem utilidade para mim agora.
  • O que quer que eu tenha pensado, foi apenas ilusão; não tem utilidade para mim agora.
  • Agora é tempo de recitar o mantra de seis sílabas.

OM MA NE PAD ME HUM: AQUI

quarta-feira, 11 de março de 2009

Tudo Vale a Pena...


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.


(Fernando Pessoa)

domingo, 8 de março de 2009

The negation of illusions...


There are no shadows in the darkness.
All things merge and they are one.
The whole unity - illusion;
Flick the switch and it is gone.
Only madness if I try

Texto: John J. Coughlin
Marisa Monte e Julieta Venegas: HERE

quinta-feira, 5 de março de 2009

Invadem-me a natureza da madeira, o odor das tintas...


Desconcertam-me as paredes, as portas, as janelas fechadas. 
Sombras 
de uma dor conquistada, que se revelam
sem que o sol desapareça. 


Divisão vertical sobre a terra, poeira 
lameliforme que se lança 
compacta sobre os olhos naturais e belos. Selvagens e burlescas 
são as portas, as paredes, as janelas fechadas. dominós alexandrinos 
tudo escondem
e o que há de mais sublimemente interior não é provado, fica o desejo 
do beijo e a boca 
que morde o nada. 


Em si mesmas, no verão, as paredes são zimbro que arrefece e gela
as rosáceas que emergem dos vitrais; no coração, toda a ternura emancipada, 
urgente
recolhe ao seu alvéolo. 


Ao íntimo dos ossos 
chegam as portas inamovíveis, duram 
na velocidade dos pés que pretendem descalços entrar 
na ternura da terra pronta.


Eu sou um mal menor. As paredes, as portas, as janelas fechadas 
são uma alucinação tricórnia e compacta. Crescem 
entre a giesta e o amor. Despedaçam a cal, sua pureza.


Invadem-me, a natureza da madeira, o odor das tintas, a propriedade 
das barras, a constituição do cimento, o domínio das pedras 
sobre pedras. Doem-me 
a obstinação dos batentes, o temperamento 
das dobradiças, a personalidade das fechaduras, a essência 
dos frisos de argamassa, a taipa. 


Arde-me a pompa dos umbrais. 


As paredes, as portas, as janelas fechadas avançam, rectilíneas, deslizam 
na confusão ingénua dos cabelos, na curva atordoada do pescoço, erguem-se 
na súbita contrição da pele, devoram-me 
o coração e os olhos. 
Não vejo o sol. não vejo o sol. não vejo o sol. 
Não sinto a chuva. tão cedo 
não torno às árvores nem aos frutos nem às aves nem 
à desassossegada intenção do amor.


As paredes, as portas, as janelas fechadas, são uma convenção ignóbil, uma indecência. Que um cão sem nome leve consigo a casa aberta, devore o saibro, a taipa, a cal, o vento que não devolve as coisas
ao seu lugar antigo.


Se os olhos podem ver a sua cor
na pupila luminosa
além do olhar humano, não fique esta vontade desassombrada crescendo, crescendo sobre as densas paredes, sobre as portas, sobre as janelas fechadas. Incerteza 

terça-feira, 3 de março de 2009

Mantras!!! Paixão ao Primeiro Encontro...

Diz-se que são representações sonoras das Divindades, assim como as imagens são as Suas representações formais.

Apaixone-se por Mantras. AQUI

Os Mantras remontam à tradição védica e são tecnicamente estudados no Tantra Shastra (escritura védicas apropriadas à era actual, Kali-yuga).


Trata-se de sons especiais, sílabas, palavras ou frases aparentemente desprovidas de sentido que, ao serem pronunciadas e repetidas, produzem uma vibração com a capacidade de sugestionar a mente, aquietar as emoções e focar a nossa atenção. A palavra mantra vem do sânscrito “mantrana”, que significa conselho ou sugestão.


Na verdade, o nosso mundo é constituído de nomes e formas (namarupa) e, num certo sentido, todas as palavras são mantras uma vez que sugerem à mente a inerência do seu significado, tanto para quem as pronuncia como para quem as escuta. Assim se crê que o mantra produz um efeito tanto naquele que o canta como naquele que o escuta e, também, tal como acontece com a palavra, a sua fonte não será apenas a corda vocal, mas a essência do self.


A entoação de um mantra, dependendo da velocidade ou do abrandamento do seu ritmo cíclico e do local de onde o som emana, a região abdominal, diafragma, coração ou garganta, influencia a sua qualidade tonal e afecta o ritmo cardíaco e a respiração. Isto, por sua vez provoca modificações no sistema psíquico, mental e emocional, podendo produzir estados alterados de consciência, da mística exaltação ou transe a elevados graus de relaxamento. Por isso, os mantras são frequentemente usados em cerimónias religiosas, práticas de meditação ou práticas de yoga (mantra yoga). Dessa forma, assume-se que os mantras orientais dirigidos para o crânio provocam ressonância nos alvéolos do cérebro, criando um tipo de iluminação mística. E no que diz respeito à mantra ioga, afirma-se que certos mantras efectuam uma viagem circular no corpo humano, e que as suas vibrações provocam a substituição de tecidos usados ou enfermos por tecidos novos e saudáveis.


O mantra mais conhecido é o OM. Segundo as escrituras védicas, OM é o mantra original, formado pelas três letras AUM, que correspondem às três principais divindades - Brahma, Vishnu e Shiva. – o princípio da criação, manutenção e dissolução (ou absorção) do Universo.


OM (AUM). AQUI...e AQUI...e AQUI


Conforme ensina a ciência do Mantravidya, é do OM que saem todos os demais mantras, como krim, hrim, vam, gam, ram, shrim, hum etc ..., cujas vibrações são inicialmente concentradas , sendo depois projectadas seja para o interior de nós mesmos, seja para o exterior, na forma de invocações, preces, bênçãos, com o propósito de nos favorecer com amor e abundância, protecção, poder curativo e de purificação, etc.


É comum os praticantes admitirem que por meio de um único mantra pronunciado em voz alta ou murmurado ou repetido mentalmente, se pode obter aquilo que se procura, justificando que todas as coisas são formas de manifestação do som.


Afirma-se que o mantra, como qualquer outra forma de energia (shakti), precisa ser despertado, agindo depois sobre o espírito e permitindo só gradualmente ao praticante compreender o seu significado profundo.


…O próprio Brahma é o Som do qual se nutre o universo

domingo, 1 de março de 2009